O dia “D” do Pinel foi na última sexta-feira 12, o grupo se reuniu e partiu de Campina Grande com destino à Piollin em João Pessoa: a expectativa e emoção tomavam conta de todos, menos do diretor Duílio Cunha o qual se dizia: tranqüilo e sereno. Estava tudo arrumado, atores prontos, texto passado, organização e o público chegando. A apresentação começou às 19h20min, e, com uma trilha de intrigar e agarrar pela mão a nossa memória, a cena começou.
A primeira cena-ensaio veio com calma e suavidade, trabalhando com “Cícera Candóia” e dando sua belíssima versão nos palcos com força e sentimento. Nessa cena, o tema fica em torno de Cícera da sua mãe, as atrizes: Nayara Britto e Regina Albuquerque, me deixaram abismado com sua sincronia e emoção à flor da pele, o que me arrepiava a cada fala. Houve um momento, para mim, sublime: quando a conversa da mãe com Cícera, falando do passado era dividida entre os atores Regina Albuquerque e Chico Oliveira. A cena se encerra com a partida de Cícera. Há um pequeno intervalo e a segunda cena já se inicia.
A segunda cena-ensaio começa, mas está diferente da primeira: vem com som e fúria!
Ao som da trilha sabemos que a cena irá começar, e mais bela e sincronizada do que antes, com textos dos próprios atores intercalados com os textos do dramaturgista, o grupo mostra sua cara, sua força, seu amor pela arte. A cena vem tomada pela emoção e características dos atores, os quais revelam: quem sou eu e porque estou aqui. Textos que eles mesmos criaram dando suas faces aos personagens e trazendo a cena para a nossa realidade.
Já no meio da cena, os textos se misturam à voz grave e peculiar da atriz Nayara Brito que cantando “Mamãe, Coragem” nos emocionou e nos remeteu a lembranças da nossa vida.
A terceira cena inicia e vem com um fulgor enorme, logo todos notam e até comentam que esta é a cena em que os atores mostram a que vieram, a cena completa é feita com muita emoção e vivacidade, todos estão conectados pelas duas primeiras cenas e essa terceira vem pra arrematar e dar o ponto final. As falas e o simbolismo caracterizando a [im]possibilidade de partir e a vontade de ficar. Todos os atores, com o seu próprio sentimento de ir ou ficar dão o tom à cena que se finaliza belíssima com um abraço caloroso, que só é interrompido pelo aplauso da platéia.
Alyson Jesuíno
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