domingo, 31 de julho de 2011

Hoje tem espetáculo? Tem sim Senhor!

O Núcleo de Pesquisa e Experimentação Teatral PINEL orgulhosamente apresenta:

Como se fosse [im]possível ficar aqui.

Três cenas-ensaios:

A primeira cena-ensaio a partir do conto Cícera Candóia, de Ronaldo Correia de Brito.




Nayara Brito e Anderson Marcos


Regina Albuquerque


A segunda cena-ensaio, a relação se estreita, com participação do texto dos próprios atores.




Anderson Marcos e Chico Oliveira



A terceira cena-ensaio, vem com força e emoção.





E agora, no dia 12 de Agosto, no Centro Cultural Piollin em João Pessoa às 19 horas, as três cenas-ensaios serão apresentadas juntas.

Estão todos convidados!!!

Você Já Viu Um Espetáculo Nascer?

Teatro: do grego théatron (θέατρον) é uma forma de arte em que um ator ou conjunto de atores interpreta uma história ou atividades para o público em um determinado lugar. Fazer teatro sempre foi uma atividade de caráter religioso, isto é, ligado ao culto das divindades que cada povo possuía. O objetivo era exaltar a glória e o poder das divindades. Com o auxílio de dramaturgos ou de situações improvisadas, de diretores e técnicos, o espetáculo tem como objectivo apresentar uma situação e despertar sentimentos no público.

E é assim que o Núcleo de Estudos Pinel foi formado, com intuito de despertar sentimentos e criar situações em que o público se vê em cena, porque a vida imita a arte.

O grupo formado por quatro atores competentes e dispostos a por o bloco na rua, com um diretor com muita experiência e premiações e um dramaturgista que sonha com as palavras e elas ganham vida nos palcos.

Não querendo ser mais um grupo de teatro, o Pinel vem com tudo: com menos de um ano de formação, já tem três cenas-ensaios no gatilho, e quem conferiu viu que o trabalho é sincero e profundo. Contando com textos de obras conhecidas e textos dos próprios atores, o espetáculo Como se fosse [im]possível ficar aqui vem arrancando aplausos e suspiros por onde passa. E mostra que não é necessário ser uma grande companhia de teatro para ter um bom material.

Afinal estamos motivados e o que queremos é ver o teatro recobrar seus rumos e estabelecer novas diretrizes. Que este seja um novo grupo e um novo movimento de estímulo a uma nova dramaturgia.

E é assim que nasce um espetáculo, com dedicação, força de vontade e amor pela arte.

Bom Espetáculo à Todos!!!

Alyson Jesuíno.

Entrevista com Duílio Cunha sobre o PINEL

À guisa de uma introdução tardia

Impulsionados por uma vontade em comum de criar, alguns amigos se encontraram a setembro do ano de 2010 e, reclamando juntos suas queixas, decidem reunir um grupo disposto a pensar novas possibilidades de criação teatral. Mas não bastavam personagens talentosos. Buscavam pessoas que pudessem compartilhar dessa mesma insatisfação, que parecia ser geral e, de pensamento semelhante, prometessem levar adiante as ideias surgidas entre um café e outro.
Dos nove integrantes iniciais, hoje somos seis. Seis loucos que, com apenas meses de existência, deram a cara à tapa em três cenas-ensaio, mostrando o processo, pedaços do que será nosso primeiro espetáculo. A primeira cena, "Como se fosse...", foi apresentada no dia 31 de março deste ano no Sesc-Centro de Campina Grande. A dramaturgia construída por Diógenes Maciel durante os encontros, a partir de improvisos nossos, tem como referência o conto Cícera Candóia, do livro Faca¹, de Ronaldo Correia de Brito. A segunda cena, "[im]possível", possui trechos de poemas de Fernando Pessoa, textos dos prórprios atores (Anderson Marcos, Chico Oliveira, Regina Albuquerque e Nara Belmonte, que é como assino como atriz), coisa que já havia acontecido, de forma mais sutil, no "Como se fosse..." e um texto criado por Diógenes sobre "uma diva", no caso, a nossa grande diva e amiga: Regina Albuquerque. Esta cena apresentamos no dia 27 de maio numa sala de ensaios do Teatro Municipal Severino Cabral. A última, "... ficar aqui", foi apresentada dia 15 passado, no Centro de Arte e Cultura da UEPB, onde ensaiamos desde o primeiro encontro. "... ficar aqui" é a cena que mais possui textos nossos, intercalados, ainda, com trechos de Um bonde chamado desejo² e com o mito da donzela guerreira.
Há uma ligação temática entre as três cenas/textos e referências de cada uma nas outras duas. Tratam da nessecidade de partir e da vontade de ficar ou de seu contrário.
A música também é um elemento muito presente, tanto como fundo, quanto como diálogo. Na primeira e na terceira cena eu canto uma cantiga de roda antiga (eu morava n'areia, Sereia/Me mudei para o sertão, Sereia/Aprendi a namorar...) e no "[im]possível", canto e toco Mamãe Coragem, de Caetano Veloso e Torquato Neto. Suas letras, como disse, dialogam com a cenas e com as demais falas. Casta Diva, de Bellini, na interpretação de Maria Callas, aparece nas três cenas, e marca a entrada da diva.
...
Bom, vamos agora, no próximo dia 12 de agosto, apresentar as três cenas-ensaio seguidas no Centro Cultural Piollin, em João Pessoa. Depois disso, é misturar tudo e bater no liquidificador, como diz nosso queridíssimo diretor Duílio Cunha (tesouro!), e montar o espetáculo inteiro.

Mais teria a dizer, mas no momento não consigo, ou não posso, ou não sei.
Apenas acompanhem nossas postagens...

por Nayara Brito.